A Eneva, maior operadora privada de gás natural do Brasil, registrou EBITDA recorde de R$ 1,528 bilhão no primeiro trimestre de 2025 (1T25), um crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho reflete a entrada em operação de novos ativos, como a UTE Parnaíba VI e a planta de liquefação no Maranhão, o primeiro trimestre com contribuição integral das térmicas adquiridas no quarto trimestre e a forte atuação no mercado de comercialização de gás.
A receita operacional líquida totalizou R$ 4,4 bilhões, alta de 121% na comparação com o 1T24. Já o lucro líquido da companhia somou R$ 384 milhões, um crescimento de R$ 445 milhões, comparado ao prejuízo de R$ 61 milhões, registrado no mesmo período do ano anterior.
Crescimento estruturado e diversificação operacional
O EBITDA recorde acontece a despeito de um menor despacho termelétrico no Parnaíba, de uma contribuição ainda parcial do resultado dos novos ativos, cuja entrada em operação aconteceu ao longo do 1T25, e de aproximadamente R$ 95 milhões em custos não recorrentes incorridos no período, majoritariamente relacionados a: (i) entrada em operação faseada dos ativos; (ii) fees de consultoria e integração dos ativos adquiridos no 4T24; e (iii) recontabilizações de entrega de energia, custos de transporte e perdas de gás, também referentes ao trimestre anterior.
No trimestre, a Eneva deu início à operação comercial da Parnaíba VI, agregando cerca de 90 MW ao portfólio da companhia. Também concluiu o ramp-up (aumento gradual da produção até a capacidade plena) das plantas de liquefação no Complexo Parnaíba, que atingiram 100% da capacidade nominal em fevereiro, com uma contribuição de R$ 55 milhões ao EBITDA. O segmento de comercialização de gás, por sua vez, respondeu por R$ 163 milhões do resultado, suportado por operações oportunísticas e conjunturais no mercado de GNL e pela expansão da base de clientes conectados à malha de transporte de gás.
No primeiro trimestre de 2025, as térmicas adquiridas no quarto trimestre contribuíram para o resultado com contratos vigentes que adicionaram R$ 440 milhões ao EBITDA. Os investimentos totalizaram R$ 861 milhões no 1T25, sendo R$ 529 milhões destinados ao projeto do Complexo Termelétrico Azulão 950, no Amazonas, principal frente de crescimento da companhia.
Solidez financeira e foco na expansão
A Eneva encerrou o trimestre com caixa de R$ 4,8 bilhões, crescimento de R$ 900 milhões em relação ao 4T24. A relação dívida líquida/EBITDA ajustado fechou em 2,6x, mantendo a trajetória de desalavancagem observada desde 2023. A companhia também aprovou a construção do terceiro trem da planta de liquefação no Maranhão, que elevará a capacidade total para 900 mil m³/dia.
“Mesmo com o período chuvoso e o já esperado menor despacho térmico realizado nesse trimestre, tivemos o maior EBITDA da história da Eneva, o que mostra a resiliência e a capacidade de execução da companhia. Com novos ativos em operação, avanços no GNL e uma posição financeira robusta, estamos preparados para o próximo ciclo de crescimento”, afirma Marcelo Habibe, diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Eneva.