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Eneva amplia contrato com VirtuGNL e aumenta a aposta na descarbonização do transporte pesado
A Eneva, maior operadora privada de gás natural do país, anuncia a ampliação de seu contrato para fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) com a VirtuGNL, empresa de logística, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade. O novo acordo mais que quadruplica o fornecimento de GNL pela Eneva, que passa de 35 mil para 150 mil Nm³/dia, com perspectiva de crescimento do volume que pode chegar a 750 mil Nm³/dia, marcando assim um avanço significativo na criação do primeiro corredor verde para transporte pesado no Brasil.
O contrato, que tem vigência até o final 2034, atenderá à crescente demanda por combustíveis mais limpos e focará na região do Matopiba, sigla que designa os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A região ocupa papel importante para o agronegócio brasileiro e possui um alto tráfego de veículos pesados.
A parceria estratégica entre Eneva e VirtuGNL reforça a liderança na criação de corredores verdes para transporte pesado no Brasil. Este projeto substitui caminhões movidos a diesel por veículos a GNL, oferecendo soluções mais sustentáveis para empresas de grande porte como Vale, Suzano, Yara, Vibra e Cofco.
"A ampliação da parceria com a Eneva é um passo decisivo para a descarbonização do transporte pesado no Brasil. Estamos viabilizando, de forma inovadora e sustentável, o primeiro corredor verde para transporte de longa distância no país, tornando o GNL uma alternativa real ao diesel. Essa iniciativa não apenas reduz as emissões de carbono, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico das regiões onde atuamos, fortalecendo a infraestrutura logística e tornando o setor mais eficiente e competitivo. Junto com a Eneva, estamos transformando o cenário energético brasileiro e acelerando a transição para um futuro mais limpo", destaca José Moura Jr., fundador da VirtuGNL.
De acordo com Marcelo Lopes, diretor executivo de Marketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, a iniciativa é um marco para o mercado de gás brasileiro. “Nossa proposta é integrar o GNL à cadeia logística do País de forma eficiente e sustentável, promovendo a descarbonização em um setor que tem muito a contribuir com a transição energética. A ampliação desse contrato reflete o compromisso da Eneva em oferecer soluções energéticas cada vez mais sustentáveis e flexíveis para o mercado. Além disso, essa iniciativa impulsiona o desenvolvimento regional ao criar infraestrutura para distribuição e abastecimento, gerando empregos e fortalecendo a economia local, e potencialmente reduzindo a dependência do diesel importado”. destaca.
O gás natural liquefeito é reconhecido por sua sustentabilidade em comparação aos combustíveis tradicionais, como o diesel. Sua utilização pode reduzir entre 20 e 30% as emissões de dióxido de carbono (CO₂) e praticamente eliminar a emissão de particulados e óxidos de enxofre (NOX).
O consumo diário de diesel no transporte pesado no Matopiba equivale a cerca de 9 milhões de metros cúbicos de gás natural. A conversão de apenas 10% desse mercado para GNL poderia representar um consumo diário de quase 1 milhão de metros cúbicos de gás, consolidando o papel do GNL como solução estratégica para a descarbonização do setor logístico no Brasil.
Com o contrato firmado com a VirtuGNL, a Eneva alcança a comercialização total (‘soldout’) da capacidade da unidade de liquefação de gás natural na planta Parnaíba SSLNG. “Com este importante marco, abrimos um novo ciclo de investimentos voltado à expansão do nosso negócio de fornecer GNL de pequena escala em regiões não atendidas pela malha de gasodutos”, complementa Lopes.
Realidade GlobalO uso do gás natural liquefeito (GNL) como combustível para transporte pesado cresce em grandes mercados, impulsionado por eficiência e menor impacto ambiental. Nos Estados Unidos, a frota já soma 190 mil veículos e conta com 950 postos de abastecimento. Na China, são 800 mil veículos movidos a gás, com infraestrutura semelhante.
Na Europa, o GNL equipa cerca de 475 mil veículos, sendo amplamente utilizado no transporte de carga e passageiros, reforçando a transição energética do setor e consolidando o gás como alternativa viável ao diesel.